A Normalização do Absurdo!

 A normalização do absurdo!

Assistir a filmes e, consequentemente, refletir sobre suas ideias, propostas, intenções e mensagens deveria ser uma prática habitual; afinal, nem só de ilusão vive o ser humano. Há conteúdos que provocam, despertam e educam — basta disposição para enxergar além da superfície. Quanto a esse caso, fiz referência ao entretenimento, mas isso está presente em muitos setores da sociedade.

No entanto, observa-se que se concede mais crédito às informações negativas, quase sempre carregadas de más intenções. Aplaudem-se rupturas familiares, ri-se da “desgraça” alheia, sobretudo quando esta recai sobre quem não pertence aos mesmos clãs ou grupos. As inversões de valores tornaram-se tão evidentes que, por vezes, a vida humana parece reduzida a um simples “nada”.

Nesse interregno, surgem aqueles que, mesmo esquecidos, passam a defender quem os utiliza como escudo ou propaganda enganosa de seus próprios atos. Basta construir a imagem de “bons”, silenciar escândalos ou abafar verdades diante dos olhos, ouvidos e meios transmissores, para que outras vozes não sejam ouvidas.

Não se apegar a tudo isso tem sido um caminho necessário. Ainda assim, é notório que decisões de um lado não se aplicam ao outro; crimes e infrações recebem pesos distintos conforme a conveniência. Apesar disso, a esperança permanece ativa, sustentada pela crença de que um amanhã melhor ainda é possível.

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