Uma Cor!

Uma Cor!

Uma luta atravessa séculos: de um lado, a cor; do outro, a “cor” invisível.
Depois de assistir ao filme “Direito de Matar”, brilhantemente interpretado por Samuel L. Jackson, ecoaram em mim reflexos daquela história — tão reais quanto às cenas vividas pelos atores.

Não se trata de defender o “direito de matar”, mas sim o direito de fazer justiça sem que a cor da pele ou a posição social sejam o filtro do julgamento.
Ninguém nasce com intenção de ferir. Mas o ambiente — duro, desigual, hostil — molda caminhos e empurra muitos para as margens ainda nos primeiros passos da vida.

Alguns conseguem superar o destino traçado pelo sistema que os oprime. Outros, não.

A justiça deveria ser sempre cega — ou, na verdade, sem olhos — julgando crimes sem esquecer das vítimas, mas também sem escolher quem deve ser ouvido ou ignorado.
Hoje, porém, vemos bandeiras erguidas com intenções separatistas: enxergam apenas um lado e não o todo.

Há criminosos, sim; mas também há vítimas da desigualdade, do descaso, da violência silenciosa que o sistema insiste em manter.

Houve um tempo em que brancos e pretos não se misturavam. Era como se, mesmo se vendo, não se vissem; mesmo dividindo o mesmo espaço, permanecessem ausentes uns dos outros.

Crescia-se aprendendo a torcer pelo fracasso da outra cor — até crianças carregavam essa ideologia desigual, sem ao menos compreendê-la. É preciso que haja justiça — e respeito às leis.

Brancos, pretos, e todos os demais: somos parte de uma mesma sociedade.
Promover o bem-estar de todos, sem distinção e sem bandeiras que alimentem separação, é o único caminho para um mundo mais humano, mais digno e verdadeiramente justo.

NRC® 

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