Cacos
Cacos
Um catado de coisas,
juntadas de algo
sobre alguém —
talvez sobre mim.
Falar sem ordem,
sem lógica aparente,
sem medir as frases,
torna-se válido
se compreendes minha intenção.
Juntei cacos.
Fragmentos.
Restos de pensamento.
E deles nasceu poesia.
Com rima ou sem rima,
não importa —
o destaque não está na forma,
mas no sentir.
Se tais pedaços, remendados,
selecionados por mim,
agradam,
é porque houve compreensão.
Se não,
continuarão apenas cacos:
como objetos vazios,
sem sonho,
sem propósito.
Pois só ganha vida
aquilo que se junta
e se projeta
na direção do que se deseja.
É assim que surge conexão,
coroação,
sentido.
NRC®
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