Des-conhecido!
São Paulo, 28 de dezembro de 2024.
(Des)conhecido!
Imagine-se num mundo tão grande e desconhecido;
Pensar que tal desconhecimento reside em si mesmo;
Pois, dos muitos segredos sequer desvendamos;
E sobre muito que se sabe, cada vez mais menos compreendemos.
...
Ontem vi um conhecido, não sei porque hoje, desconhecido;
Como se não me notasse ou estivesse longe de um mundo que se perde;
Anteontem acreditei saber de algo, hoje, apenas lembrei, mas notei que tudo passa;
Coisas se vão, pensamentos precoces já se foram, aliás, no que se pensa?
...
Vi pessoas tão parecidas que por certo momento cogitei ser alguém conhecido;
Mas, não era. Apenas a vontade de acreditar em algo que quisera que fosse;
Parece meio doido, talvez, pense assim. Já eu, não posso agir tão descrente;
O desconhecido deixou de ser elíptico e, consequentemente, oração sem sujeito.
...
Nem me lembro da imagem que se refletiu no espelho, depois de ajeitar alguma imperfeição;
Corrigi, porém, não há lembranças de como era ou estava;
É como se a cada momento tivesse de fazer uso do tal espelho e por meio dele visualizar o conhecido;
Sendo assim, percebi que de conhecido passei a desconhecido.
NRC®
Comentários
Postar um comentário