Papéis trocados!

São Paulo, 02 de setembro de 2024.

Papéis trocados!

Os papéis conciliados (vivenciados) pelo ser humano durante os anos de vida são tantos que invertê-los pode soar como algo natural, por vezes, torna-se obrigatório – impositivo. Isso não se refere à obediência às leis, e sim, o fato de compreender o que realmente está acontecendo. Mudo de tudo, cego de tudo, incompreensível de tudo, é como se estivéssemos numa “masmorra” intelectual.

Por conta disso, vejamos: no mesmo dia a pessoa desenvolve ou representa diversos deles (papéis), aquele que é filho, instantes depois se torna pai, marido, irmão, amigo, aluno, professor,… mesmo diante de vários “adjetivos” cada um tem suas particularidades. Nesse filme ela (pessoa) se torna o protagonista, coadjuvante, até mesmo figurante. Há os que o dirigem e aqueles que são dirigidos.

Alguns conseguem inverter a ordem dessas características e, assim, se perdem, se confundem, se desesperam, desacreditam. Quantas qualidades, responsabilidades, diversidades perpassam num ser humano em questão de tempo. Muitos deles se espelham nos outros, tentam viver o que os alheios vivem, por conseguinte, esquecem de si mesmos e de seus verdadeiros papéis. Outros são outros, você é você.

O próprio “meio” corrobora a mudanças não desejadas, dessa forma aplicam seus dogmas e arreios (compelidos) nas pessoas, tornando-as imprevisíveis e dependentes de seus ideais, imposições, autoritarismos, até mesmo com sorrateiras mensagens que afagam os ouvidos de incautos. Parecem pessoas do bem. Tudo isso se transforma num medo. Pavor. Prisão. Não há gritos, o som que são não se ouve, apenas sussurram.

Os papéis são muitos – assim como a falta de assumi-los. Hoje somos, amanhã, nem tanto. Ontem fizemos, hoje, nem tentaremos. O viver numa sociedade tão desigual é isso: “Quem pode mais chora menos”. Entretanto, calar-se perante tantas injustiças nos fará nivelarmos a eles. E assim, acreditarão que “suas mentiras” são verdades e, consequentemente, nossas verdades, crenças, patriotismo,… não passarão de apenas de invencionice e propagação de barafunda.

Trocam-se tais papéis, quem era já não é mais, pensam que são, todavia o próprio ambiente já camuflou suas pesudas características. Há uma falsa verdade. O filho que se rebela, o pai que abandona tudo, o amigo de antes não é mais o chegado de outrora,… uns querem isso, outros aquilo, brigam entre si, não há consenso. Sempre desacerto. Aquele que se impõe momentaneamente vence o oponente, assim, os problemáticos vencem. Nisso acreditam. E a matemática se perde na geografia do Brasil. Quanto à história contam-na nos seus egos.

As vestimentas podem representar ou revelar aquilo que fazem ou operam, mas isso não significa que se asseguraram de um papel, aliás, muitos se fantasiam dele, dizem que para ganhar na vida precisam se fazer de qualquer coisa, menos o de ter caráter, honestidade, carisma, coragem… é quase uma extinção. Extinto homem.

Os papéis são muitos – assim como a falta de assumi-los. Hoje somos, amanhã, nem tanto. Ontem fizemos, hoje, nem tentaremos. O viver numa sociedade tão desigual é isso: “Quem pode mais chora menos”. Entretanto, calar-se perante tantas injustiças nos fará nivelarmos a eles. E assim, acreditarão que “suas mentiras” são verdades e, consequentemente, nossas verdades, crenças, patriotismo,… não passarão de apenas invencionice e propagação de barafunda.

NRC® 

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